LEI 7.353, DE 29 DE AGOSTO DE 1985

(D. O. 29-08-1985)

Administrativo. Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM e dá outras providências.

Atualizada(o) até:

Lei 8.028, de 12/04/1990 (art. 2º).

Decreto 6.412, de 25/03/2008 (Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM)
Decreto 4.773, de 07/07/2003 (Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM. Composição, estruturação, competências e funcionamento)
(Arts. - - - - - - - - - 10 - 11 - 12 - 13 -

O Presidente da República, faço saber que a Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI 7.353, DE 29 DE AGOSTO DE 1985

(D. O. 29-08-1985)

Administrativo. Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM e dá outras providências.

Atualizada(o) até:

Lei 8.028, de 12/04/1990 (art. 2º).

Decreto 6.412, de 25/03/2008 (Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM)
Decreto 4.773, de 07/07/2003 (Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM. Composição, estruturação, competências e funcionamento)
(Arts. - - - - - - - - - 10 - 11 - 12 - 13 -

O Presidente da República, faço saber que a Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º

- Fica criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM, com a finalidade de promover em âmbito nacional, políticas que visem a eliminar a discriminação da mulher, assegurando-lhe condições de liberdade e de igualdade de direitos, bem como sua plena participação nas atividades políticas, econômicas e culturais do País.


Art. 2º

- (Revogado pela Lei 8.028, de 12/04/1990).

Lei 8.028, de 12/04/1990, art. 60 (Revoga o artigo).

Redação anterior: [Art. 2º - O Conselho é órgão vinculado ao Ministério da Justiça, com autonomia administrativa e financeira.]


Art. 3º

- O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher compor-se-á de:

a) Conselho Deliberativo;

b) Assessoria Técnica;

c) Secretaria Executiva.


Art. 4º

- Compete ao Conselho Nacional dos Direitos da Mulher:

a) formular diretrizes e promover políticas em todos os níveis da administração pública direta e indireta, visando à eliminação das discriminações que atingem a mulher;

b) prestar assessoria ao Poder Executivo, emitindo pareceres e acompanhando a elaboração e execução de programas de Governo no âmbito federal, estadual e municipal, nas questões que atingem a mulher, com vistas à defesa de suas necessidades e de seus direitos;

c) estimular, apoiar e desenvolver o estudo e o debate da condição da mulher brasileira, bem como propor medidas de Governo, objetivando eliminar todas as formas de discriminação identificadas;

d) sugerir aO Presidente da República a elaboração de projetos de lei que visem a assegurar os direitos da mulher, assim como a eliminar a legislação de conteúdo discriminatório;

e) fiscalizar e exigir o cumprimento da legislação que assegura os direitos da mulher;

f) promover intercâmbio e firmar convênios com organismos nacionais e estrangeiros, públicos ou particulares, com o objetivo de implementar políticas e programas do Conselho;

g) receber e examinar denúncias relativas à discriminação da mulher e encaminhá-las aos órgãos competentes, exigindo providências efetivas;

h) manter canais permanentes de relação com o movimento de mulheres, apoiando o desenvolvimento das atividades dos grupos autônomos, sem interferir no conteúdo e orientação de suas atividades;

i) desenvolver programas e projetos em diferentes áreas de atuação, no sentido de eliminar a discriminação, incentivando a participação social e política da mulher.


Art. 5º

- O Presidente do CNDM será designado pelO Presidente da República dentre os membros do Conselho Deliberativo.


Art. 6º

- O Conselho Deliberativo será composto por 17 (dezessete) integrantes e 3 (três) suplentes, escolhidos entre pessoas que tenham contribuído, de forma significativa, em prol dos direitos da mulher e designados pelO Presidente da República, para mandato de 4 (quatro) anos, sendo presidido pelo Presidente do CNDM.

Parágrafo único - 1/3 (um terço) dos membros do Conselho Deliberativo será escolhido dentre pessoas indicadas por movimentos de mulheres constantes de listas tríplices.


Art. 7º

- O CNDM contará com pessoal próprio, constante da Tabela de Empregos criada nos termos da legislação em vigor e regido pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 01/05/1943.

Parágrafo único - O CNDM poderá requisitar servidores de órgãos e entidades da administração direta e indireta, sem perda de sua remuneração a demais direitos e vantagens.


Art. 8º

- Fica instituído o Fundo Especial dos Direitos da Mulher, destinado a gerir recursos e financiar as atividades do CNDM.

§ 1º - O F.E.D.M. é um Fundo Especial, de natureza contábil, a crédito do qual serão alocados todos os recursos, orçamentários e extra-orçamentários, destinados a atender às necessidades do Conselho, inclusive quanto a saldos orçamentários.

§ 2º - O Presidente da República, mediante decreto, estabelecerá os limites financeiros e orçamentários, globais ou específicos, a que ficará submetido o CNDM.


Art. 9º

- Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito especial, em favor do F.E.D.M., no valor de até Cr$6.000.000.000 (seis bilhões de cruzeiros), destinado a despesas de instalação e funcionamento do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM.


Art. 10

- Os membros do primeiro Conselho Deliberativo serão nomeados pelO Presidente da República, por sua livre escolha, sendo 9 (nove) Conselheiros para mandato de 4 (quatro) anos e 8 (oito) para mandato de 2 (dois) anos.

Parágrafo único - O Presidente será escolhido dentre os Conselheiros com mandato de 4 (quatro) anos.


Art. 11

- A estruturação, competência e funcionamento do CNDM serão fixados em Regimento Interno, aprovado por decreto do Poder Executivo.


Art. 12

- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Art. 13

- Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 29/08/1985; 164º da Independência e 97º da República. José Sarney - Fernando Lyra