(D. O. 14-08-2018)
Atualizada(o) até:
Decreto 11.528, de 16/06/2023, art. 12 (Revogação total).
O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere a CF/88, art. 84, caput, IV e VI, «a », da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 68, caput, I, e parágrafo único, da Lei 13.502, de 01/11/2017, Decreta: [[Lei 13.502/2017, art. 68.]]
(D. O. 14-08-2018)
Atualizada(o) até:
Decreto 11.528, de 16/06/2023, art. 12 (Revogação total).
O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere a CF/88, art. 84, caput, IV e VI, «a », da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 68, caput, I, e parágrafo único, da Lei 13.502, de 01/11/2017, Decreta: [[Lei 13.502/2017, art. 68.]]
Art. 1º- O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, órgão consultivo integrante da estrutura básica da Controladoria-Geral da União, tem por finalidade debater e sugerir medidas de aperfeiçoamento e fomento de políticas e estratégias, no âmbito da administração pública federal, sobre:
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao caput).Redação anterior (caput original): [Art. 1º - O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, órgão consultivo integrante da estrutura básica do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, tem por finalidade debater e sugerir medidas de aperfeiçoamento e fomento de políticas e estratégias, no âmbito da administração pública federal, sobre:]
I - enfrentamento da corrupção e da impunidade;
II - fomento da transparência e do acesso à informação pública;
III - promoção de medidas de governo aberto;
IV - integridade e ética nos setores público e privado; e
V - controle social para acompanhamento e fiscalização da aplicação dos recursos públicos.
Parágrafo único - O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção apresentará plano de trabalho com a identificação das políticas e das estratégias a serem priorizadas, para fins de cumprimento do disposto no caput.
- Compete ao Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção:
I - contribuir para a formulação de diretrizes para ações, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal, sobre:
a) transparência, governo aberto e acesso à informação pública;
b) integridade e responsabilidade corporativa;
c) prevenção e enfrentamento da corrupção;
d) estímulo ao controle social no acompanhamento da aplicação de recursos públicos; e
e) orientação e comunicação quanto aos temas relacionados às suas atividades;
II - apresentar, em relação às políticas e às estratégias priorizadas, medidas para aperfeiçoamento e integração de ações com vistas a potencializar a efetividade das políticas;
III - sugerir medidas e procedimentos destinados a valorizar a articulação intragovernamental na execução, no monitoramento e na avaliação de ações conjuntas, troca de experiências, transferência de tecnologia e capacitação quanto às políticas e às estratégias a que se refere este Decreto; e
IV - atuar como instância de articulação e mobilização da sociedade civil em relação às políticas e às estratégias a que se refere este Decreto.
- O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção será composto por quatorze membros, titulares e suplentes, com direito a voto, de forma paritária entre representantes do Poder Executivo federal e da sociedade civil organizada.
§ 1º - O Poder Executivo federal será representado pelos seguintes órgãos e entidades:
I - Controladoria-Geral da União, por meio do seu Ministro de Estado;
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao inc. I).Redação anterior (original): [I - Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, por meio de seu titular;]
II - Casa Civil da Presidência da República;
III - Ministério da Justiça e Segurança Pública;
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao inc. III).Redação anterior (original): [III - Ministério da Justiça;]
IV - Ministério da Economia;
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao inc. IV).Redação anterior (original): [IV - Ministério da Fazenda;]
V - um dos seguintes Ministérios, a ser escolhido pelo Presidente do Conselho, em regime de alternância, a cada dois anos:
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao inc. V).a) Ministério da Infraestrutura;
b) Ministério da Educação;
c) Ministério da Cidadania;
d) Ministério da Saúde;
e) Ministério do Meio Ambiente; ou
f) Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos;
Redação anterior (original): [V - Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;]
VI - Advocacia-Geral da União; e
VII - Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
§ 2º - A sociedade civil organizada será representada por:
I - duas organizações com experiência comprovada em projetos de fomento em transparência, acesso à informação ou governo aberto;
II - uma organização com experiência comprovada em projetos de avaliação de políticas públicas, combate à corrupção e fiscalização de recursos públicos;
III - uma organização com experiência comprovada em projetos de integridade ou ética organizacional;
IV - uma organização de pesquisa ou um grupo de pesquisa acadêmico dedicado a projetos relacionados com os temas definidos no caput do art. 1º; [[Decreto 9.468/2018, art. 1º.]]
V - uma entidade de representação interfederativa de órgãos de controle e fiscalização ou de órgãos da administração pública estadual ou distrital; e
VI - uma entidade nacional representativa do setor produtivo, comercial ou de serviços.
§ 3º - Os membros titulares serão substituídos por seus suplentes em suas ausências e seus impedimentos.
§ 4º - As organizações e as entidades da sociedade civil a que se refere o § 2º exercerão mandato de três anos, admitida uma recondução.
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao § 4º).Redação anterior (original): [§ 4º - As organizações da sociedade civil a que se refere o § 2º terão mandato de três anos, admitida uma recondução.]
- Poderão integrar o Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, na condição de convidados permanentes, sem direito a voto, representantes do Conselho Nacional de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União.
- O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção realizará reuniões ordinárias semestrais ou extraordinárias, preferencialmente por meio de videoconferência, e o quórum de reunião é de maioria absoluta.
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao caput).Redação anterior (original): [Art. 5º - O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção realizará reuniões ordinárias semestrais ou extraordinárias, presenciais ou por videoconferência, com a participação da maioria absoluta de seus membros.]
§ 1º - As deliberações do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção serão aprovadas pela maioria simples de seus membros e caberá ao Presidente, além do voto ordinário, o voto de qualidade para desempate.
§ 2º - As reuniões serão convocadas pelo Presidente do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção.
§ 3º - As reuniões extraordinárias poderão ser convocadas pela maioria absoluta dos membros do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção.
§ 4º - As reuniões serão precedidas de pauta que conterá os assuntos a serem tratados ou discutidos, acompanhada do material correspondente, disponibilizados aos Conselheiros por meio eletrônico ou por outro mecanismo eficaz, com antecedência mínima de cinco dias úteis para a reunião ordinária e de três dias úteis para a reunião extraordinária.
§ 5º - Por iniciativa de seu Presidente , independentemente dos prazos a que se refere o § 3º, poderá ser submetida à deliberação do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção matéria não prevista em pauta, desde que reconhecido o seu caráter excepcional e de urgência por dois terços dos membros votantes, observado o quórum previsto no caput.
§ 6º - As reuniões serão públicas e, sempre que possível, transmitidas pela internet, com pautas e atas disponibilizadas em meio eletrônico.
- Os membros do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção serão designados pelo Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União e serão indicados:
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao caput).Redação anterior (original): [Art. 6º - Os membros, titulares e suplentes, serão designados em ato do Ministro de Estado da Transparência e Controladoria-Geral da União e serão indicados:]
I - pelo titular do órgão a que se referem os incisos II, III, IV, V, VI e VII do § 1º do art. 3º; e [[Decreto 9.468/2018, art. 3º.]]
II - pelo dirigente máximo da organização ou da entidade, nas demais hipóteses, observado o disposto neste Decreto.
- São requisitos para participação das organizações a que se refere o § 2º do art. 3º no Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção: [[Decreto 9.468/2018, art. 3º.]]
I - comprovar o desenvolvimento de projetos exitosos nas áreas de atuação a que se refere o caput do art. 1º; [[Decreto 9.468/2018, art. 1º.]]
II - não estar incluídas em cadastro de penalidades da administração pública federal decorrentes de ações fraudulentas ou de atos de corrupção ou improbidade administrativa; e
III - atender às condições previstas no edital a que se refere o art. 10, a respeito da capacidade técnica, operacional e profissional da organização. [[Decreto 9.468/2018, art. 10.]]
- A indicação e a manutenção de membros no Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção pelas organizações ou pelas entidades a que se refere o § 2º do art. 3º ficam condicionadas à comprovação dos seguintes requisitos: [[Decreto 9.468/2018, art. 3º.]]
I - ter reputação ilibada;
II - manter vínculo formal direto, na condição de dirigente ou empregado, com a organização detentora do mandato; e
III - não ser ocupante de cargo público em órgãos governamentais integrantes do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, ainda que na condição de convidado permanente, exceto quanto ao disposto no inciso IV do § 2º do art. 3º. [[Decreto 9.468/2018, art. 3º.]]
- A organização e a entidade com representação no Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção poderão solicitar, na qualidade de titular do mandato, a substituição do Conselheiro que deixar de atender aos requisitos definidos neste Decreto ou que tenha perdido o vínculo formal direto com a organização.
- A seleção das organizações e das entidades a que se refere o § 2º do art. 3º será realizada por meio de edital, aprovado pelo Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União e publicado no Diário Oficial da União. [[Decreto 9.468/2018, art. 3º.]]
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao artigo).Redação anterior (original): [Art. 10 - A seleção das organizações e das entidades a que se refere o § 2º do art. 3º será regida por edital, aprovado pelo Ministro de Estado da Transparência e Controladoria-Geral da União e publicado no Diário Oficial da União, com vistas ao atendimento do disposto neste Decreto.] [[Decreto 9.468/2018, art. 3º.]]
- O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção será presidido pelo Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União.
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao artigo).§ 1º - Em suas ausências e seus impedimentos, o Presidente do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção será substituído pelo Secretário-Executivo da Controladoria-Geral da União.
§ 2º - A Secretaria-Executiva do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção será exercida pela Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção da Controladoria-Geral da União.
Redação anterior: [Art. 11 - O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção será presidido pelo Ministro de Estado da Transparência e Controladoria-Geral da União.
§ 1º - Em suas ausências e impedimentos, a Presidência do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção será exercida pelo Secretário-Executivo do Ministério Transparência e Controladoria-Geral da União.
§ 2º - A Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União prestará o apoio técnico e administrativo aos trabalhos do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção.]
- O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, por meio de seu Presidente, poderá:
I - convidar para participar de suas reuniões, sem direito a voto, representantes de órgãos ou entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e da sociedade civil, além de especialistas, peritos e outros profissionais, sempre que constarem da pauta assuntos que justifiquem o convite; e
II - instituir comitês e grupos de trabalho temáticos para a realização de estudos e discussões de temas afetos às políticas e às estratégias a que se refere este Decreto.
§ 1º - O ato de criação de comitê ou grupo de trabalho temático especificará:
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (Nova redação ao § 1º).I - os objetivos do colegiado;
II - a composição, cujo número de membros será de, no máximo, seis; e
III - o prazo para a conclusão dos trabalhos, que não deverá ser superior a um ano.
Redação anterior (original): [§ 1º - O ato de criação de comitê ou grupo de trabalho temático especificará os objetivos, a composição e o prazo para a conclusão dos trabalhos.]
§ 2º - A participação no Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, nos comitês e nos grupos de trabalho temáticos será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.
§ 3º - Não poderão existir mais do que oito comitês ou grupos de trabalho temáticos operando simultaneamente.
Decreto 9.986, de 26/08/2019, art. 1º (acrescenta o § 3º).- Fica revogado o Decreto 4.923, de 18/12/2003.
- Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 13/08/2018; 197º da Independência e 130º da República. Michel Temer - Wagner de Campos Rosário